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"Vives novamente na carne para o burilamento do teu espírito." - Militão Pacheco

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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

DEUS É QUEM CURA


Alguns homens, quando realizam grandes feitos, costumam encher-se de orgulho.

Chegam a pensar que são infalíveis em sua atuação e creem que tudo podem.

E isso nos recorda do grande mestre e criador da Homeopatia, Samuel Cristian Hahnemann. Uma postura de verdadeiro sábio.

Em 1835, chegou a Paris e começou a clinicar, embora o descrédito e o ataque de muitos dos seus colegas alopatas.

Foi então que a filha de Ernest Legouvé, membro da Academia Francesa, famoso escritor da época, adoeceu gravemente.

Um artista de nome Duval foi chamado para fazer um retrato da jovem agonizante. Era a derradeira lembrança que o pai amoroso desejava ter da filha que se despedia da vida.

Concluída a tarefa, executada com as emoções que se pode imaginar, Duval fez ao pai uma pergunta nevrálgica:

Se toda a esperança está perdida, por que o senhor não tenta uma experiência com a nova medicina que tanto alvoroço tem feito?

Por que não consulta o doutor Hahnemann?

Nada havia a perder e o pai chamou o homeopata. Quando o viu, pareceu-lhe estar defronte a um personagem fantástico de contos infantis.

Hahnemann era de baixa estatura, robusto e firme no andar, envolvido em uma capa e apoiado sobre uma bengala com castão de ouro.

Uma cabeça admirável, cabelos brancos e sedosos, lançados para trás e cuidadosamente encaracolados em torno do pescoço.

Com seus olhos de um azul profundo, sua boca imperiosa inquiriu minuciosamente sobre o estado da menina.

Na sequência, pediu que transferissem a enferma para um quarto arejado, abrindo portas e janelas para que ar e luz entrassem abundantes.

No dia seguinte, iniciou o tratamento. Foram dez dias de expectativa e de tensão. Finalmente, a esperança se confirmou. A menina estava salva.

O impacto dessa cura, quase milagrosa, foi enorme, em toda Paris.

Em reconhecimento pela salvação de sua filha, apesar de muitos ainda afirmarem que Hahnemann não passava de um charlatão, Legouvé presenteou o médico com o próprio quadro pintado por Duval.

Era uma obra prima. O criador da Homeopatia a contemplou demoradamente, tomou da pena e escreveu:

Deus a abençoou e salvou. Hahnemann.

Considerava pois a cura uma bênção de Deus, da qual ele não fora mais do que um instrumento.

* * *

Assim são os verdadeiros sábios, os grandes gênios da Humanidade.

Eles sabem que dominam grandes porções do conhecimento. Mas não esquecem de que a inteligência lhes foi dada por Deus, de onde todos emanamos.

Somos os filhos da Suprema Inteligência, que nos permite crescer ao infinito.

Contudo, a Ele cabem todas as bênçãos, permitindo-nos, na qualidade de irmãos uns dos outros, atuar, agir, no grande concerto da Criação.

Pensemos nisso e façamos o bem, sempre nos recordando que sem Deus nada podemos.


Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos de Samuel Hahnemann. disponível no CD Momento Espírita, v. 23, ed. Fep. Em 2.1.2013.

Fonte: http://www.momento.com.br

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

CURA VERDADEIRA


Todas as criaturas humanas adoecem. Raras são aquelas que trabalham para a cura real.
A ação medicamentosa, por si só, não restaura integralmente a saúde.
O comprimido ajuda. A injeção melhora. Entretanto, não podemos esquecer que os verdadeiros males procedem do coração.
A mente é uma fonte criadora e a vida plasma, em nós mesmos, aquilo que desejamos.
Assim, a medicação não nos valerá muito se prosseguirmos tristes e acabrunhados, porque a tristeza é geratriz e mantenedora de muitos males.
Como poderemos pretender ter a saúde restaurada, se nos permitimos a cólera ou o desânimo por muitas horas?
O desalento é anestésico que entorpece e acaba por destruir quem o cultiva.
A ociosidade que corrompe as horas e a inutilidade que desperdiça o tempo valioso extingue as forças físicas e as do Espírito.
Mesmo porque, a mente ociosa acaba por se dedicar a muitas coisas ruins, como a maledicência e a crítica destrutiva.
Se não sabemos calar, nem desculpar; se não ajudamos, nem compreendemos, como encontrar harmonia íntima?
Por mais que o socorro espiritual venha em nosso favor, devoramos as próprias energias com atitudes negativas.
E, com respeito ao socorro médico, mal surgem as primeiras melhoras, abandonamos o remédio, a dieta, os cuidados, demonstrando a nossa indisciplina.
Por isso, se estamos doentes, antes de qualquer medicação, aprendamos a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a grande mudança.
Fujamos da indelicadeza e do azedume constante que nos conduzirão à brutalidade no trato com os demais.
Enriqueçamos nossos fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.
Busquemos intimidade com a sabedoria, pelo estudo e a meditação.
Não manchemos nosso caminho. Sirvamos sempre. Trabalhemos na extensão do bem a todos.
Guardemos lealdade ao Mestre Jesus a quem dizemos seguir e permaneçamos com a certeza de que, cultivando a prece, vibrando positivamente pela vida, abraçando a oração diária, desde logo, a medicação de que nos servirmos atuará rápida e beneficamente em nosso corpo.
*   *   *
Que queres que eu te faça? Perguntou Jesus ao cego de Jericó, que O buscava.
Que me devolvas a visão, respondeu Ele.
Acreditas firmemente que eu possa te curar? Retornou o Mestre a indagar.
E como a resposta fosse afirmativa, o cego passou a enxergar.
No fato em destaque, observamos que a vontade do paciente e a fé no profeta de Nazaré, foram as molas da cura.
Portanto, a cura real somente nos alcançará se melhorarmos as nossas disposições íntimas e atendermos aos preceitos médicos com disciplina e seriedade.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 86 do livro Fonte viva, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb. Em 19.3.2013.
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