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"Vives novamente na carne para o burilamento do teu espírito." - Militão Pacheco

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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O FILHO DO ORGULHO




O melindre - filho do orgulho - propele a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral. 

Assim, quando o espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece.

O melindre gera a prevenção negativa, agravando problemas e acentuando dificuldades, ao invés de aboli-los. Essa alergia moral demonstra má-vontade e transpira incoerência, estabelecendo moléstias obscuras nos tecidos sutis da alma.

Evitemos tal sensibilidade de porcelana, que não tem razão de ser.

Basta ligeira observação para encontra-la a cada passo:

É o diretor que tem a sua proposição refugada e se sente desprestigiado, não mais comparecendo às assembléias.

O médium advertido construtivamente pelo condutor da sessão, quanto à própria educação mediúnica, e que se ressente, fugindo às reuniões.

O comentarista admoestado fraternalmente para abaixar o volume da voz e que se amua na inutilidade.

O colaborador do jornal que vê o artigo recusado pela redação e que se supõe menosprezado, encerrando atividades na imprensa.

A cooperadora da assistência social esquecida, na passagem de seu aniversário, e se mostra ferida, caindo na indiferença.

O servidor do templo que foi, certa vez, preterido na composição da mesa orientadora da ação espiritual e se desgosta por sentir-se infantilmente injuriado.

O doador de alguns donativos cujo nome foi omitido nas citações de agradecimento e surge magoado, esquivando-se a nova cooperação.

O pai relembrado pela professora das aulas de moral cristã, com respeito ao comportamento do filho, e que, por isso, se suscetibiliza, cortando comparecimento da criança.

O jovem aconselhado pelo irmão amadurecido e que se descontenta, rebelando-se contra o aviso da experiência.

A pessoa que se sente desatendida ao procurar o companheiro de cuja cooperação necessita, nos horários em que esse mesmo companheiro, por sua vez, necessita de trabalhar a fim de prover a própria subsistência.

O amigo que não se viu satisfeito ante a conduta do colega, na instituição, e deserta, revoltado, englobando todos os demais em franca reprovação, incapaz de reconhecer que essa é a hora de auxílio mais amplo.

O espírita que se nega ao concurso fraterno somente prejudica a si mesmo.

Devemos perdoar e esquecer se quisermos colaborar e servir.

A rigor, sob as bênçãos da Doutrina Espírita, quem pode dizer que ajuda alguém? Somos sempre auxiliados.

Ninguém vai a um templo doutrinário para dar, primeiramente.

Todos nós aí comparecemos para receber, antes de mais nada, sejam quais forem as circunstâncias.

Fujamos à condição de sensitivas humanas, convictos de que a honra reside na tranqüilidade da consciência, sustentada pelo dever cumprido.

Com a humildade não há o melindre que piora aquele que o sente, sem melhorar a ninguém.

Cabe-nos ouvir a consciência e segui-la, recordando que a suscetibilidade de alguém sempre surgirá no caminho, alguém que precisa de nossas preces, conquanto curtas ou aparentemente desnecessárias.

E para terminar, meu irmão, imagine se um dia Jesus se melindrasse com os nossos incessantes desacertos...

Livro: O Espírito da Verdade
Cairbar Schutel & Francisco Cândido Xavier

Fonte: http://mensagemdeluz.kit.net/

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O BEM É MUITO SIMPLES



Você já sorriu hoje?

É provável que não tenha percebido o valor do sorriso.


Esse conjunto de peroladas gemas que você traz na boca, ao se mostrar no impulso da sua alegria, é capaz de mover incríveis obstáculos, de transformar ocorrências ou de iluminar vidas.


É muito fácil sorrir. O sorriso é muito simples. É como respirar...


Compreensível é que você se sinta tímido para realizar uma pequena gentileza por falta de hábito; ceder um assento a alguém; carregar um pacote para algum idoso, gestante ou para quem esteja com dificuldades; prestar uma informação com boa vontade ou silenciar diante de alguma provocação maligna.


Afinal, nas vias terrenas, a esperteza criminosa, a pornografia granfina, a violência diária, o desequilíbrio, é que costumam receber aplauso, merecer páginas de jornais e virar notícia de televisão quase sempre. 


Pense, porém, que é imprescindível que a gente aprenda a criar intimidade com a bondade.


Torna-se muito simples fazer o bem, desde que você não esteja assoberbado por mágoas, por culpas, por anseios gananciosos ou estados de rebeldia íntima.


No esforço de aproveitar cada um dos seus dias, faça o bem que puder, qualquer que ele seja, onde você estiver, porque o bem responde sempre com novo bem, que se dirige, invariavelmente, às pessoas que lhe deram nascedouro.


Muito bom e fácil de ser desenvolvido é o ato voltado para a bondade, para a benignidade, para a gentileza em qualquer nível.


Praticar o bem em qualquer das suas dimensões, seja objetiva ou subjetivamente, significa acumular alegria e harmonia no próprio coração.


* * *

Onde estejamos, seja onde for, não olvidemos estender o sorriso, por oferta sublime da própria alma.


Ele é o agente que neutraliza o poder do mal e a oração inarticulada, que inibe a extensão das trevas.


Com ele, apagaremos o fogo da cólera, cerrando a porta ao incêndio da crueldade.


Por ele, estenderemos a plantação da esperança, soerguendo almas caídas na sombra, para que retornem à luz. 


Em casa, é a benção da paz, na lareira da confiança.


No trabalho, é música silenciosa incentivando a cooperação.


No mundo, é chamamento de simpatia.


Sorrindo para a dificuldade, a dificuldade transformar-se-á em socorro de nossa vida.


Sorrindo para a nuvem, e ainda mesmo que a nuvem se desfaça em chuva de lágrimas em nossos olhos, o pranto será conforto do céu, a fecundar-nos os campos do coração.


Não nos roga o desesperado solução do enigma de sofrimento que lhe persegue o destino. Implora-nos um sorriso de amor, que renove as forças, para que prossiga em seu atormentado caminho.


E, em verdade, se os famintos e os nus nos pedem pão e agasalho, esperam de nós, acima de tudo, o sorriso de ternura e compreensão que lhes acalme chagas ocultas.


Não condenemos as criaturas que se arrojam aos precipícios da violência e do crime. Ofereçamos o sorriso generoso da fraternidade, que ajuda incessantemente, e voltar-se-ão, renovadas, para o roteiro do bem.


Sorrindo,trabalhemos e aprendamos, auxiliando e amando sempre. 


Lembremos de que o sorriso é o orvalho da caridade e que em cada manhã, o dia renascente no céu é um sorriso de Deus.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 27, do livro Ações corajosas para viver em paz, pelo Espírito Benedita Maria, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no cap.Sorriso, do livro Sentinelas da alma, pelo Espírito Meimei, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. IDEAL. Em 5.8.2016.


Fonte: http://www.momento.com.br
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